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Porque é que o Bokashi para mim não resulta?

Bokashi quer dizer “matéria orgânica fermentada” e quando adquiri o balde, falei do assunto. Agora, ao fim de quase dois anos, concluí que não é para mim.
Primeiro porque tenho três compostores e um outro só para folhas, a quantidade de matéria orgânica que produzo é enorme e com tendência ainda a aumentar. Ou seja, não é um pequeno balde de mais matéria orgânica que aqui vai fazer grande diferença. Há o líquido que aparentemente é um bom fertilizante, mas temos poucas plantas de interior onde parece que se excede. Tem a desvantagem de corroer regadores de metal e francamente não suporto o cheiro.
Além disso, o Bokashi é apenas utilizado para os restos de alimentos cozinhados e a verdade é que desperdiçamos mesmo pouca comida — é um objectivo habitualmente conseguido.
Também acaba por ser mais uma despesa, porque temos de comprar o fermento.
Quando o balde está cheio, passo para outro balde e deixo fermentar mais uns tempos e depois coloco finalmente no compostor. É necessário lavar um balde e outro. Mais trabalho, pode não ser muito, mas soma-se ao imenso que tenho sempre que fazer.
Pela experiência só aconselho a quem tenha uma varanda, um pátio ou um muito pequeno jardim e local para depois depositar a matéria fermentada. Tudo que saia disto é na verdade mais consumo e mais plástico.

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Sete formas de utilizar a massa fermentada, pode não ser fácil para quem vive num apartamento, excepto o “doar”.

Compostor
Terceiro compostor completamente vazio.

Retirei do terceiro compostor o que restava de composto, o que deu para peneirar 20 baldes, não percebo como é que aquilo que parece pouco, rende sempre imenso. Espalhei composto por todo o lado e guardei uns cinco ou seis baldes. Arranquei ervas e coloquei-as nesse compostor, tal como o conteúdo de dois baldes de bokashi. E depois, a parte difícil, comecei a revirar o material do primeiro compostor, para o terceiro, um trabalhão inacreditável. Mas reparei que o composto está quase pronto e revirando rapidamente vai ficar bom e assim, tento ficar com o primeiro compostor completamente vazio (duvido muito) para as próximas actividades.
O dia da jardinagem acabou sem eu continuar as sementeiras.

Hoje foi só tirar as ervas dos canteiros das laranjeiras e macieiras, onde depois coloquei cinco baldes de composto. Também esvaziei os baldes de bokashi, um serviço que detesto verdadeiramente, não suporto o cheiro e aquela pasta. Depois do processo de fermentação propriamente dito terminar, coloco no compostor. É um facto, estou algo farto do bokashi.

Concluí sem sombra para dúvida e após duas aplicações, que o líquido resultante do Bokashi não funciona minimamente como herbicida. Os dias vão secos, as ervas de diferentes espécies estão viçosas e se não as fertilizei já foi sorte.

Bokashi
Líquido do Bokashi.

Hoje retirei líquido do Bokashi que irei experimentar como herbicida.
Estive a organizar umas sementes de malagueta… vou semeá-las, perdido por 100, perdido por 1.000. A sementeira em Abril fracassou rotundamente.

Fui à Jardiland e comprei as primeiras plantas do ano:

  • 1 x Heuchera ‘Lime marmalade’ (para complementar duas de 2019)
  • 1 x Maracujá, Passiflora edulis
  • 1 x Malagueta, Capsicum annuum ‘Sucette de Provence’ (que já tive antes e gostei bastante, além de compensar a terrível falta de malaguetas este ano)
  • 1 x Jasminum multipartitum (sinónimo de Jasminum glaucum) (AGM)