Etiqueta: geranium maderense

Nenúfar
Floriu o primeiro Nenúfar do ano.

À entrada do Jardim do Lago plantei uns oito Gerânios-da-madeira que nasceram espontaneamente no quintal (nascem por todo lado, na verdade).
Replantei algum feijão e ervilha que já tinham sido devorados. Além das habituais lesmas e dos detestados caracóis, tenho alguns problemas com uma lagartas (que o meu avô chamava roscas), que cortam as pequenas plântulas pela base — uma lógica que nem para elas é boa.
Nos canteiros 1 e 3, plantei Curgetes ‘Ronda di Nisa’, que já não me lembro quando semeei, mas julgo que terá sido dia 12 deste mês.
Também transplantei os girassóis ‘Herbstschönheit’, cinco ao lado da garagem, do outro lado seis, em frente oito e 12 em frente da porta lateral. Do outro lado dessa porta, os últimos oito.

Antes do Jardim do Lago
Este é o aspecto actual antes de chegar ao Jardim do Lago.

Transplantei o Manjericão-vermelho para vasos e intercalei entre duas fileiras de pés de tomate, espero que resulte. Também transplantei os últimos quatro pés de alface e por fim, alguns pés de tomate ‘Green zebra’ que tinham sido arruinados.
Plantei três Gerânios-da-Madeira do lado direito do local que se vê na fotografia e um em vaso. Coloquei um vaso uma Stipa tenuissima e duas plantas descendentes de umas que comprei há anos no Flor-do-Norte e que eram dadas como anti-pestes tipo ratos e toupeiras — e agora não me lembro do nome. Isto dos nomes não é só memória, é desorganização, cães a destruir etiquetas e incomparavelmente mais plantas do que tinha no pequeno jardim anterior.
Deixei de ver o ouriço há semanas, entretanto no quintal voltaram a aparecer imensos dejectos durante dois dias e depois nada. Hoje à noite vi-o no Jardim Branco, espero que não se lembre de ir para a rua. Eu precisava de duas dúzias de ouriços porque tenho dizimado caracóis às centenas e hoje depois da chuva andavam milhares para trás e para a frente.
E foi assim o dia de S. João.

Gerânio-da-Madeira, Geranium maderense
Gerânio-da-Madeira, Geranium maderense.

Fiquei bastante satisfeito com a chuva, o jardim está luxuriante e com a chuva fica resplandescente. Adoro.

Ervas Daninhas

Erva daninha
Ervas daninhas que germinaram sem terra e desenvolveram o sistema radicular debaixo de uma lageta, incluindo um Geranium dissectum.

Uma erva daninha não é apenas uma planta fora do seu lugar, como diz a sabedoria popular britânica. Era bom. Uma erva daninha é habitualmente uma planta extremamente vigorosa que cresce em qualquer lugar. Nos jardins, o que parece é que todas essas plantas silvestres medram facilmente enquanto aquelas que plantamos cuidadosamente definham e morrem, mas também não é bem assim. Em condições naturais apenas uma ínfima parte das sementes chegam a germinar e a maioria das plantas produz copiosas quantidades de sementes apenas para assegurar o futuro. No jardim, essas plantas encontram muito pouca competição, também não há herbívoros, portanto acabam por tomar conta de tudo em pouco tempo.
O que cultivamos falha frequentemente porque as sementes são pobres, porque o clima não é adequado e gostamos de ter as nossas exóticas, ou porque chegam de um sistema super-protegido com estufas aquecidas, rega programada e um cocktail de fertilizantes à medida. As ervas daninhas não têm nenhum desses problemas.
Algo em que vale a pena investir tempo é no estudo da botânica das ervas daninhas, pelo menos para saber quais são as anuais e as perenes. As anuais, removidas ou enterradas, não voltam nesse ano; as perenes muitas vezes exigem que se remova até ao último bocadinho de raiz, senão voltam a crescer vigorosas. Nesse sentido enterrá-las será uma péssima ideia.
Também há a questão de gosto e controle. Aqui o Geranium dissectum é uma autêntica daninha, os Gerânios-da-madeira, Geranium maderense nascem em todo o lado, a Camomila-dos-alemães, Matricaria recutita, idem. Gostava de ter alguns Dente-de-leão, Taraxacum officinale, que mal podem fazer? São bonitos e comestíveis.

Quintal
Os dois vasos com os Rosmarinus officinalis ‘Sissinghurst blue’. O círculo cinzento é a tampa do buraco onde queimo coisas, o “firepit”.

Comecei a plantar os bolbos e reparei que toda a tarde só pensei na Primavera, em vê-los a despontar e depois a florir. E é algo de bom na jardinagem, há um contínuo, há o tempo, também uma aprendizagem, há o trabalho do dia, mas o que o jardineiro está sempre a planear e espera ansiosamente, é o futuro.
Ao lado da porta da garagem e em frente plantei 80 Hyacinthus ‘City of Haarlem’. No canteiro estreito em frente à porta lateral, 11 Eremurus ‘Cleopatra’. Neste canteiro vou remover dois Gerânios-da-Madeira, porque não só nascem em todo o lado, como estes atrapalham bastante ao sair do carro, principalmente se chover. Mas é pena porque estão super-bonitos — ainda vou ensaiar um transplante. Também desse canteiro quero transplantar a Rudbeckia nitida ‘Herbstsonne’.
Por fim, limpei tudo que ficou sujo da fogueira de ontem e transplantei para vasos grandes dois Rosmarinus officinalis ‘Sissinghurst blue’.